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AASP mostra lado tecnológico durante a Tech Week

Summit de tecnologia trouxe tendências que poderão fazer parte do dia a dia da advocacia.

Lugar de investimentos, novos negócios e muita tecnologia. A Tech Week se realiza em uma das maiores metrópoles do planeta, trazendo o propósito de unir diversas tendências tecnológicas existentes na atualidade.

Mesclando confiabilidade e modernidade, a AASP, que há décadas cumpre sua missão de oferecer conhecimento e ferramentas para aperfeiçoar a prática da advocacia no Brasil, não ficou de fora desta, e reuniu grandes profissionais em sua sede no último dia 7/11 para compartilharem seu conhecimento com os presentes e apresentarem cases que exemplificam como novas tendências podem contribuir significativamente para o meio jurídico.

Smart Contracts, Blockchain e desafios de registro

Fundador do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (Iris), Pedro Vilela deu a tônica do primeiro painel ao apresentar os smart contracts, suas possibilidades e desafios dentro da tecnologia do Blockchain ao público.

Podendo ser definido com uma rede de blocos conectados por uma corrente, Vilela explicou que o Blockchain reúne códigos que contêm uma informação, podendo ser desde contratos a com­provantes de transações financeiras, entre outros. Para ele, a técnica permite a eliminação de etapas de transferência de informações, que burocraticamente afetam os mercados de diferentes formas.

“Foi um debate muito importante, muito interessante, porque a tecnologia do Blockchain é bem disruptiva e veio para trazer uma série de inovações que irão afetar muito o mercado jurídico. É bom que todos estejam preparados para este nível de informação”, diz.

Na sequência, Anne Chang, sócia fundadora de HCO Law, propôs uma reflexão a respeito do uso contínuo de processos que limitam a capacidade de compreensão de um determinado setor da sociedade, por exemplo, os prontuários médicos, que por falta de dados aprofundados prejudicam diagnósticos mais precisos.

Chang conta que o Blockchain é uma tecnologia intimidadora a princípio, mas muito interessante principalmente para advogados, pois horizontaliza a informação.

“Hoje os advogados dependem muito da certificação de um cartório ou de uma fonte muito específica de informação. A partir do momento que você tem acesso àquela informação pela base de registro, torna-se possível provar algo sem a necessidade do aval de grandes autoridades. Ficará mais fácil provar qualquer argumento ou mesmo ter um histórico de exata confiabilidade”, afirma.

Advogada e membro do Comitê Blockchain da Associação Brasileira de LawTechs e LegalTechs (AB2L), Amanda Lima alertou para que os novos empreendedores destas plataformas tenham em mente que os futuros usuários poderão se basear na Teoria do Risco prevista no CDC e no Código Civil brasileiro e defende até mesmo um estudo para uma regulamentação específica.

“Como qualquer novo investimento, as pessoas precisam de esclarecimento, pesquisar a plataforma que mais atende as suas necessidades e a idoneidade do mercado”, conclui.

Plataforma para solução de conflitos

A mediação on-line dá os seus primeiros passos no Brasil. Fundada há três anos, a MOL – Mediação On-line – foi a primeira plataforma do país a realizar práticas de mediação pela web. Buscando trazer eficiência para o mercado jurídico e prevenindo disputas que tornam o Judiciário abarrotado, a MOL realiza atendimentos para pessoas físicas, empresas e corporate estimulando o diálogo entre as duas partes e auxiliando-as na construção de um acordo amigável.

À frente da plataforma, a especialista em Direito Empresarial Melissa Felipe contou durante o summit que o princípio básico da legaltech é propor uma provocação a respeito do empreendorismo e despertar nos profissionais a ideia da importância de abertura de novos mercados tecnológicos.

“A tecnologia que utilizamos na MOL não é uma solução apenas para a advocacia, mas engloba diversos públicos, dentre eles os consumidores e empresas. Ela é um convite a todos que desejam uma solução democrática na web”, afirma Melissa, que atua com outros 40 mediadores capacitados para condução de casos extrajudiciais.

Jurimetria, conceito que otimiza o tempo e torna decisões mais eficientes

Julio Trecenti, diretor técnico da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), encerrou o ciclo de debates trazendo para os participantes um tema que por vezes parece distante de alguns, mas que ao mesmo tempo interliga tomadas de decisões fundamentais para o país.

Método de estudo quantitativo do Direito baseado em dados e estatísticas que circundam as normas jurídicas, a jurimetria avalia constantemente os significados dos conceitos de ato ilícito, dano, agente, nexo, culpa e dolo.

Graças a estes elementos, pesquisadores e estudiosos dão base para que legisladores delimitem com maior precisão conceitos que mais afligem a sociedade civil, explicou Trencenti durante o Summit.

“Eu acredito que a jurimetria não é importante, e sim indispensável. Hoje nós temos 150 milhões de processos ativos no Judiciário e precisamos saber como lidar com isso. Na verdade este volume de informações deve ser tratado como informação de diagnóstico a fim de melhorar políticas públicas e a eficiência do Judiciário. É isso que a jurimetria se propõe a fazer”, conclui.

Confira as fotos do Summit aqui

Fonte: Núcleo de Comunicação AASP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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