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Síndrome da impostora e os impactos na mulher advogada

Painel trouxe olhar para o tema sob o viés da psicologia e também análise direcionada para o universo jurídico.

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Como parte da programação do Mês da Mulher AASP, na terça-feira (14/3) às 19h aconteceu o painel “Síndrome da impostora e os impactos na mulher advogada”, com a moderação da Advogada e Conselheira da AASP Ana Cândida Menezes Marcato e palestras da Psicóloga Clínica e Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental Marihá Lopes e da Psicóloga e Advogada Sandra Moura da Rocha.

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Marihá começou sua fala definindo o que é a Síndrome e suas possíveis causas. “Trata-se de uma autopercepção ilusória e distorcida das próprias habilidades, que leva indivíduos a acreditarem que não são qualificados para desempenhar tarefas para as quais têm plena competência. Perfeccionismo, falta de feedbacks adequados ao trabalho desempenhado, comparação social, histórico de bullying ou críticas severas e desvalorização da própria experiência são as causas mais comuns”, explicou.

“Esse tema faz parte da vida de todos nós, a minha Síndrome começa quando eu recebo uma sentença parcialmente procedente ou improcedente, por exemplo. A luta que precisamos travar para construir um significado de valor para nossa atuação é muito grande, pois o objetivo da carreira na advocacia é defender alguém ou alguma coisa, o que na nossa cultura fica muito no papel do homem”, disse Sandra trazendo seu ponto de vista de Advogada.

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Em sua apresentação, Marihá ressaltou também uma pesquisa realizada pela Women in Law Mentoring Brazil, que constatou que apenas 34,9% das mulheres estão no quadro de sócias de capital, apesar de serem 57% na composição dos escritórios; e, ainda, um estudo realizado pela Universidade da Geórgia, que mostrou que 70% das entrevistadas, todas executivas influentes, se sentem “uma fraude”, ou seja, não merecedoras dos cargos que ocupam.

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“Eu trouxe alguns tópicos básicos para ajudar a gerenciar a Síndrome, mas é fundamental buscar o auxílio de um profissional regulamentado para o tratamento adequado, são eles: reconhecer pensamentos negativos, celebrar realizações, aceitar feedbacks e críticas construtivas, não fazer comparações com outras pessoas, buscar apoio emocional e profissional”, esclareceu.

“Os sentimentos negativos acabam prejudicando muito a nossa atuação, então a persistência em encontrar nosso ponto de segurança diante da vida tumultuada que levamos é fundamental”, concluiu Sandra.

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O painel foi encerrado com a afirmação de que superar a Síndrome da Impostora é um processo contínuo e pode levar tempo e esforço, mas, com as estratégias certas, é possível gerenciar esses sentimentos negativos e melhorar a autoestima e o desempenho profissional.

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“Foi riquíssimo ouvir todos esses exemplos, durante as explanações, no chat foram compartilhadas muitas narrativas das participantes sobre as dificuldades enfrentadas e como é importante ouvir sobre o tema para se inspirar. Também convido a todos para continuarem acompanhando a programação do Mês da Mulher AASP que ainda contará com temas e palestrantes muito relevantes”, encerrou Ana Cândida.

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Para conferir outros temas que ainda virão no Mês da Mulher AASP, cliquei aqui.

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