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Tratamento de dados é imprescindível para escritórios de advocacia

Vazamentos deram origem a escândalos que servem de alerta a profissionais.

Escritórios de advocacia grandes contratam cursos especializados para treinar seus profissionais em proteção de dados. Profissionais independentes e empresas menores precisam estar atentos e estabelecer condutas para evitar vazamento de informações sensíveis, que podem expor clientes, colaboradores e negócios. O alerta da professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Gisela Sampaio da Cruz, vem acompanhado de um case famoso: The Panama Papers

O exemplo trazido pela advogada para o debate no Encontro Digital AASP 2021 aborda um vazamento de 11,5 milhões de documentos confidenciais, datados dos anos 1970 a 2016, de um escritório de advocacia, que expuseram informações detalhadas de mais de 214.488 empresas em paraísos fiscais offshore, incluindo as identidades de acionistas e administradores. Os milhares de e-mails, fotografias, transcrições e contratos do banco de dados do escritório ganharam as páginas de mais de cem jornais.

“O escritório de advocacia acaba sendo um grande guardião de dados dos clientes, mas não só deles. Armazena e trata informações sensíveis dos parceiros, colaboradores, testemunhas, fornecedores e associados. Por isso precisa, sim, se adaptar à LGPD”, ressalta Gisela Sampaio da Cruz. E ela desfaz a ideia de que o vazamento é exclusivamente digital. “Embora nossa tendência seja imaginar o vazamento por meio de um ataque hacker, o conceito é mais amplo e inclui documentos físicos que podem estar armazenados no escritório ou sendo transportados por estagiários”, exemplifica.

O cuidado é uma norma que deve ser enfatizada para todos os que manuseiam documentos, independentemente da função exercida no escritório. Segundo a advogada, ressaltar isso na cultura da empresa por treinamentos especializados, guia de boas práticas ou conversas recorrentes é imprescindível para a advocacia. Assista ao painel no YouTube da AASP.

ENCONTRO DIGITAL 2021 – Mais de 6 mil pessoas se inscreveram para o Encontro Digital AASP 2021, que reuniu especialistas em Direito e personalidades de notório saber para discutir o futuro da advocacia. As cinco horas de programação contaram com Mario Sergio Cortella, Caitlin Mulhollan, Gisela Sampaio da Cruz, Raphael Miziara, Sandra Krieger Gonçalves, Juliana Pacheco e Silvio Meira. 

Pelo segundo ano consecutivo, o maior evento da Associação aconteceu de forma híbrida: ao vivo, os palestrantes debateram remotamente com a presidente Viviane Girardi e com diretores da AASP Silvia Rodrigues Pachikoski, André Garcia e Eduardo Mange, que assumiram a mediação, presencialmente, no auditório da Unidade Centro, em São Paulo.

A transmissão por plataforma de streaming, com cobertura em tempo real nas mídias sociais da AASP, democratizou o acesso e permitiu a profissionais de diversas áreas e de vários Estados participar dos painéis. Foram quatro, com média de público de 2 mil pessoas, com os temas Advocacia e Futuro: novos tempos, novas atitudes; LGPD; Publicidade para a Advocacia e Inovação e Transformação Tecnológica na Advocacia. Leia mais.

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