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Uma ponte para startups e advocacia que buscam soluções inovadoras
Demo Day e Venture Day revelam promissores modelos de negócio e abrem espaço para mudanças em organizações jurídicas.
No final de setembro, a AASP apresenta mais um capítulo da sua trajetória em projetos e eventos inovadores. Ao lado da FGV Direito SP, a Associação participa da Global Legal Tech Venture Days, uma competição global criada para impulsionar startups com grande capacidade de gerar impacto positivo diante de desafios enfrentados pelo mundo jurídico.
O presidente da AASP, Renato Cury, o professor Oscar Vilhena (diretor da FGV Direito SP) e o professor Javier de Cendra (diretor da IE Law School, de Madrid), participam da mesa de abertura. O IE é membro da Global League Law Schools e co-realizador do evento.
A etapa brasileira da competição garante às legaltechs finalistas a oportunidade de apresentarem suas soluções a escritórios de advocacia, investidores e aceleradoras do mundo inteiro. Uma oportunidade incrível que a maior associação de advogados da América Latina não poderia ficar de fora.
As inscrições para o evento estarão abertas até dia 22 de setembro: aqui
Primeiro Demo Day AASP
Manhã de 14 de agosto, quarta-feira, nove startups jurídicas apresentavam na Unidade Jardim Paulista da Associação dos Advogados cases de negócio para representantes de escritórios de advocacia e advogados de departamentos jurídicos.
Naquele espaço, olhares interessados e ansiosos aguardavam o início de mais um Demo Day.
No mundo dos criadores de startups, a chance de o seu negócio dar certo passa por eventos conhecidos como Demo Days, geralmente organizados por aceleradoras e incubadoras e que buscam aproximar um novo negócio de empresários, investidores e clientes.
Atenta a oportunidade, a AASP propiciou um ecossistema jurídico inovador visando estimular as características do mercado em potencial para que startups e investidores pudessem se conhecer melhor.
Momento decisivo
Com cinco minutos para apresentarem seus trabalhos, que para a maioria levou anos até ser tirado do papel, os representantes das startups iniciavam seus pitches com a desafiadora missão de impressionar potenciais clientes, antes de serem inesperadamente interrompidos pelas palmas do público, ato combinado entre todos como ponto limitador das exposições.
Apresentando seu case de análise jurídica, balizada em inteligência artificial e visualizada através de gráficos dinâmicos, a Deep Legal deu a entender que seus clientes teriam na palma da mão um conteúdo detalhado dos seus processos por fase processual, sendo avisados dos eventos mais importantes e acelerando seus procedimentos internos.
Já a Diligentes, que se intitula como a Uber do Direito, diante de volumosas demandas por cópias de processos físicos de um escritório de advocacia em São Paulo, enxergou a necessidade de um aplicativo que funcionasse a partir da mesma premissa das grandes plataformas de aplicativos de transportes que desbancaram os tradicionais táxis: a colaboração.
Com advogados, bacharéis de Direito, estudantes e outros profissionais cadastrados numa base de dados, a startup vendeu a ideia de que está pronta para atender qualquer diligência solicitada em uma metrópole qualquer.
“Vamos devolver o tempo para os advogados e gerar impacto na relação com seu cliente”, foi o lema da ForeLegal, que vendeu a entrega de soluções integradas numa só plataforma de gestão para melhorar a performance de advogados do contencioso.
A Juit chegou à conclusão de que 20% do tempo do jurista é gasto com pesquisa jurídica, por isso desenvolveu sua plataforma de exploração e recomendação de jurisprudências.
“A iniciativa pretende diminuir o tempo com pesquisas ao recomendar a correta jurisprudência para o advogado em qualquer contexto. A plataforma ainda conta com recursos analíticos, fornecendo uma visão holística sobre o assunto do caso nos tribunais”, diz o representante do startup.
Fornecer informações que alimentam a análise jurídica e ajudam a extrair conhecimento por trás de uma política de dados foi o objetivo da JurisIntel, enquanto a Looplex busca gerar em minutos documentos que antes demoravam horas ou dias para serem escritos, fazendo que executem funções e conversem entre si.
Diretamente interligado ao Direito, o modelo de negócio acadêmico permeou a apresentação da New Law, uma Escola de Direito que oferece cursos focados em tecnologia, mercado e inovação para seus egressos.
Em tempos de vazamento de mensagens e interceptações digitais, o combate à corrupção teve seu espaço no Demo Day; a apresentação da Verifact defendeu o combate à impunidade no meio digital dando agilidade ao registro de provas.
Lançada em janeiro deste ano, a plataforma permite o registro textual, imagens, áudios e vídeos em diversos sites disponíveis na internet, incluindo até mesmo o WhatsApp Web, webmails, redes sociais como Facebook e Instagram, blogs e lojas virtuais.
Com o objetivo de solucionar grandes angústias da sociedade e identificar gargalos corporativos nos últimos anos, o interesse por hackathons cresceu mais de 80% mundialmente.
Destaque no segmento, a Shawee mostrou aos presentes como uma equipe multidisciplinar faz para organizar uma maratona hacker que enfrenta horas ininterruptas de trabalho, em diversos setores, além de oferecer mentoria digital e gestão de equipe.
A busca pelo convencimento dos Demo Days tende a criar um clima de intensa competição, o que não se viu no espaço de exposições da Associação dos Advogados, no qual não tivemos vencedores ou derrotados.
Ao final, uma interessante oportunidade de networking, além do senso colaborativo contribuíram para uma manhã valiosa com potencial de desdobramentos futuros.
Fonte: Núcleo de Comunicação AASP