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O futuro já chegou e é colaborativo

Silvio Meira mostra como surge a inovação e prepara a advocacia para as transformações a caminho.

Inovação é coisa antiga. Na década de 1970, Peter Drucker conceituou inovação como “mudança de comportamento de agentes, no mercado, como fornecedores e consumidores [de qualquer coisa]”. Assim, Silvio Meira começa sua palestra, deixando claro que tecnologia é um suporte para inovação, e não um sinônimo.

Para garantir que todos entendam o conceito, o professor mostra um exemplo: o primeiro carro data de 1885, na Alemanha; mas a mudança de comportamento só se efetiva em 1913, quando as carruagens perdem sua primazia. As fotos mostrando como o congestionamento de carruagens dá lugar ao de carros na Quinta Avenida, em Nova York, são a face mais aparente da inovação que desempregou cocheiros e tratadores, mudando para sempre as cidades.

Meira usa os 28 anos de diferença entre a invenção do automóvel e sua adoção como meio de transporte preferencial como paralelo para abordar as mudanças atuais. “Nossa economia e nossa sociedade são permeadas por ondas de inovação”, explica, lembrando que a transformação digital que discutimos hoje como inovação começou há 50 anos. Segundo o professor, foi a interação entre diferentes sistemas (hardwares e softwares) que reescreveu e acelerou o futuro em plataformas dinâmicas e colaborativas que impactam nosso modo de vida atual.

História recente

“Os sistemas de redes começam na década de 1970 e, durante 20 anos, são privados, estando dentro de empresas e do governo. A internet comercial só veio no meio da década de 1990, exatamente em 1995, criando a possibilidade de negócios em rede”, conta o professor. Pela interação entre empresas e públicos, aparecem os ecossistemas digitais que definem o mercado desde 2000. Eles evoluíram a partir da criação das nuvens computacionais, em 2006, que converteram armazenamento e distribuição de dados em serviços e a chegada de smartphones, que informatizaram as pessoas.

“Daqui em diante vamos viver, trabalhar, cooperar e competir em ecossistemas habilitados por plataformas digitais”, anuncia. A conectividade global acelerada pela Covid-19, que suprimiu o espaço físico, provocou uma onda de aprendizado que gerou inovação. “Compramos, estudamos e trabalhamos on-line. Nossos hábitos mudaram. Foi a maior onda simultânea de inovação já vista na face da Terra”, pontua.

Tendências

Estamos, segundo Meira, “numa fase de transição, e não mais só do físico para o digital, mas os dois orquestrados no espaço social em tempo real” promovendo transformações profundas no nosso modo de vida. “Figital é o espaço para onde estamos indo”, enfatiza.

E nessa revolução a advocacia vai conviver com profissionais diversos e novas tecnologias. Ele estima que a plataformização atingirá os escritórios e a prática jurídica dos operadores do Direito, com a combinação de serviços executados por profissionais paralegais e sistemas de inteligência artificial. “Seremos organizações em rede e estaremos dispostos em times colaborativos”, resume.

Assista à palestra completa no canal do YouTube da AASP.

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