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Comece 2020 planejando uma boa gestão para o seu escritório

“O advogado foi treinado nos bancos das faculdades para ser o operador, logo, quando tem que empreender em seu próprio escritório, podem lhe faltar algumas habilidades”, Lara Selem.

O mercado atual da advocacia é extremamente competitivo, por isso, uma estrutura organizacional bem constituída e adequada para atender sua demanda é imprescindível para obtenção de êxito.

Embora não seja uma área afinada com o meio jurídico, a gestão estratégica de escritórios de advocacia acaba sendo fundamental para que o advogado tenha maior eficiência para a redução dos riscos operacionais, que a carteira de clientes seja mantida, além de desenvolver táticas diferenciadas e métodos de trabalho que acentuem a visão empreendedora das sociedades de advogados.

Acompanhe a seguir o bate-papo que tivemos com a presidente da Comissão Especial de Gestão, Empreendedorismo e Inovação do Conselho Federal da OAB, Lara Selem.

Como deve ser feita uma boa gestão profissional da advocacia?

LS: Uma boa gestão requer uma visão mais sistêmica do escritório de advocacia. O advogado foi treinado nos bancos das faculdades para ser o operador, o operacional da atividade jurídica, logo, quando tem que empreender em seu próprio escritório, podem lhe faltar algumas habilidades necessárias ligadas à gestão propriamente. Em primeiro lugar, há que se planejar, definir as áreas de atuação conforme a leitura do mercado, definir os segmentos de clientes, ajustar os acordos entre os sócios e estabelecer metas ousadas e possíveis que direcionem os esforços. Depois, a partir dessas definições, deve-se pensar na política de gestão de pessoas (carreira e remuneração), nas normas internas para a gestão jurídica (controladoria e sistemas), no plano tático de marketing jurídico considerando o Código de Ética da OAB e, por fim, nas políticas financeiras (contas a pagar e a receber, indicadores e precificação). Importante contar com auxílio especializado na condução de cada núcleo de gestão, se possível.

Há áreas mais críticas em um escritório que precisam de maior atenção?

LS: Na verdade, todas acabam sendo críticas porque fazem parte de um sistema de causa e efeito: pessoas (sócios, advogados, estagiários, administrativos) bem preparadas e felizes produzem com mais qualidade e rapidez (usando os sistemas adequadamente e seguindo as regras internas), os clientes ficam satisfeitos (isso reforça o marketing jurídico, a relevância e a manutenção de clientes) e, por consequência, geram mais negócios ao escritório (e mais impacto positivo nos resultados e lucros).

Como desenvolver um espírito empreendedor? 

LS: Abrindo-se ao aprendizado e à experimentação. São importantes os hardskills (as matérias de gestão propriamente ditas: finanças, gestão de pessoas, ferramentas éticas de marketing, organização e métodos, macroeconomia, etc.), mas absolutamente imprescindíveis os softskills (comportamentos empreendedores como negociação, planejamento, disciplina, influência, liderança, comunicação, dentre outros). Empreender também significa saber correr riscos calculados, e essa é uma prática que precisa ser aprimorada para ampliar a visão de mundo e a capacidade de ousar.

O design thinking na vida do Advogado é a melhor opção para empreender?

LS: O design thinking é uma das ferramentas disponíveis para quem deseja empreender. Existem inúmeras outras que se prestam a finalidades específicas quando o assunto é gestão, empreendedorismo e inovação. O mais importante é que o advogado empreendedor tenha conhecimento sobre as ferramentas mais adequadas ao desenvolvimento de seu projeto, para que delas possa lançar mão no momento oportuno e obtendo o resultado pretendido.

Quer se aprofundar sobre o tema?

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Fonte: Núcleo de Comunicação AASP

 

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